O humano foi criado com intuito, de todos viverem em
igualdade, um não querer ser melhor que o outro, deveriam respeitar os direitos
dos outros, ser solidário, e empenhar para manter a paz entre a humanidade.
Suponhamos que o humano tinha um filtro, que só passava para
seu interior só as coisas benéficas. Mais como o criador queria que este filtro
funcionasse de livre vontade, ele mostrou as coisas benéficas, e as maléficas,
e explicou as consequências de cada uma na vida do humano de acordo com a
escolha de cada um. Infelizmente o humano achou por bem tirar o filtro, e a
partir daí começou a entrar na vida de muitos, coisas indevidas que a cada dia
se tornaram em um ser perverso.
O preconceito é uma coisa terrível que se apoderou de alguns
humanos de tal maneira que seus efeitos são devastadores, transformando-os em
juizes, a ponto de julgar o seu próximo sem as mínimas condições de julgar.
Esses tais esqueceram que o mérito de julgar é exclusivamente do criador,
porque ele conhece sua criação, e é capaz de julgar com exatidão.
Hoje o humano julga por qualquer coisa: Pelo trajes, o
vocabulário, a fisionomia, a cor, credo, nacionalidade, posição social, a sua
sexualidade...
Contarei quatro episódios envolvendo pessoas que foram
julgadas pela sua aparência, só para entendermos melhor.
Existia um camarada, por nome Eduardo, que morava próximo de
algumas revendedoras, e sempre que queria tomar um cafezinho, colocava seu
melhor traje que tinha ganhado de presente, e se dirigia a uma daquelas lojas,
e quando entrava, os atendentes lhe davam uma olhada dos pés a cabeça, e já
convidavam para sentar-se, ofereciam cafezinho e bolachas, enquanto eles
conversavam a respeito do modelo, cor, marca... O Eduardo depois de já ter
tomado duas xícaras de café, e algumas bolachas, ele dava uma olhada, e pedia
justamente um modelo que não tinha no salão, e o vendedor lhes dizia que estava
em falta, mas que poderia ficar tranquilo que iria providenciar, e em duas
semanas, poderia retornar que aquele modelo estava a disposição dele. O Eduardo
agradecia, e prometia voltar.
Um outro se chamava Nilton. Ele era uma pessoa bem humilde,
andava com trajes bem simples, e um dia queria trocar o seu carro, e foi ate a
uma concessionária para trocar seu carro por outro novo, e ele ate já sabia do
modelo, cor... Chegando lá, ele entrou, e ninguém se aproximou para atender,
ele esperou, e os vendedores nem olhavam para ele. O Nilton vai até um dos
atendentes, e fala que estava interessado em comprar um carro, e se ele poderia
atender. O vendedor falou que o salão de carros usados era do outro lado, e o
Nilton insiste, e fala que queria comprar um carro novo. O atendente, perguntou
para o Nilton, sobre o seu rendimento mensal, pensando que ele estava tentando comprar
a prestação, e o Nilton tirou o holerite do bolso, e entregou para o atendente,
e quando ele vê que o Nilton era chefe da fabrica dos carros que estava no
salão dos novos, o vendedor imediatamente puxou a cadeira, e convidou para que
o Nilton se assentasse, e logo lhes ofereceu cafezinho, e bolachas, e lhe
perguntou se iria comprar a prazo, ou à vista, e o Nilton falou que era à vista.
O vendedor imediatamente já começou a fazer a documentação, e o Nilton disse
que já não queria mais comprar naquele lugar, porque ele foi mal recepcionado,
e que iria comprar em outro lugar, e mesmo depois de muitas desculpas, ele não
aceitou e saiu em direção a outra loja.
Um outro caso, foi um tanto dramático, pois o gerente do
estabelecimento fez questão de ele mesmo atender, e não foi aquilo que ele
esperava.
O Diego chega, bem trajado, parecia um diplomata, e o
gerente ao vê-lo, nem deixou o atendente ir até ele. Foi atendê-lo mostrando
boa recepção, e já convidou para ir até sua sala, lhes ofereceu cafezinho, e
biscoitos, e o Diego disse que não foi ali para comprar, e nem tomar café, e
anunciou que se tratava de um assalto. O gerente por um instante ficou pasmo
com a situação, e viu que foi impressionado pela aparência.
O quarto exemplo ocorreu com o Daniel. Ele era de cor negra,
vestia-se bem, tinha boa condições financeiras, era pessoa honesta, e de boa
reputação. Um certo dia ele se dirige a uma loja de produtos caros, e ao
entrar, logo os seguranças se comunicaram, com a central, para ficarem de olho
no Daniel, e era para seguir seus passos, pois parecia uma pessoa suspeita, e
qualquer movimento falso, os agentes estivessem prontos para surpreender o
Daniel imediatamente. Daniel fez suas compras, com os atendentes desconfiados,
e ao chegar ao caixa, a menina fica um pouco assustada, pensando em algo ruim,
mais assim mesmo ela pega a nota com o valor, e o Daniel entrega o seu cartão
de débito, e ela falou que voltava já. A atendente foi verificar se realmente aquele
cantão era confiável, e ao ver que o Daniel poderia comprar praticamente a
metade da loja, e seu nome estava limpo na praça, ela volta, e efetua o valor,
agradece o Daniel, e convida para voltar outras vezes que ele seria bem vindo.
Com esses exemplos, podemos ver que as aparências enganam, e
muitas vezes se faz julgamento que não tem nada a ver. No primeiro exemplo,
acharam que realmente o Eduardo iria comprar um daqueles modelos. No segundo,
concluíram que o Nilton era mais um daqueles que só tem vontade de comprar um
carro, e não tem a mínimas condições. No terceiro, concluíram que o Diego era o
cara, e merecia uma boa recepção. No quarto caso, julgaram que o Daniel era uma
pessoa suspeita, e deveria se acompanhado de perto pelos seguranças.
Jamais devemos tirar conclusões precipitadas com base em tom
de pele, vestimentas, fisionomia, ou outro tipo de aparência. O preconceito é
algo maléfico, e que pode provocar situação irrecuperável na vida de alguém.
Humano, se tem este mau no teu interior, expulse
imediatamente, pois não faz bem nem para você, e nem para teu próximo.
Desejo boa sorte no teu viver.
Observação: este foi mais um resumo do assunto preconceito
contido no livro filho do imigrante e S. L. por sobrevivência.